segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Depoimentos

Perguntamos para algumas pessoas:
Você lembra do primeiro livro que leu? Se não, qual o primeiro livro vem a sua cabeça quando pensa na sua infância ou adolescência? Como você teve acesso a ele? Pelos seus pais, professor(a), algum amigo...
Algumas pessoas nos contaram um pouquinho das suas memórias literárias...
Deixe seu depoimento também!!!

Daniela Pena - Professora de Química

"Quando era criança sempre gostei de ler, mas até os 12 anos não lia tanto porque não tinha tantos livros que chamavam minha atenção em casa. Os livros que marcaram minha juventude e que ajudaram realmente a tornar um hábito foi Harry Potter e Senhor dos Anéis. Gostei tanto da experiência de ler estes livros que se tornou uma das coisas prediletas da época. Posso dizer que faço parte da “Geração Harry Potter” que cresceu acompanhando o lançamento dos livros.
Como descobri que a leitura era muito prazerosa comecei a procurar mais livros para ler e principalmente frequentar a biblioteca, com isso meu gosto passou de apenas fantasia para outros tipos de estórias. Hoje ler é um dos meus passatempos favoritos e percebo que o hábito da leitura amplia meus conhecimentos, visão de mundo, minha escrita e claro é um excelente divertimento."

Felipe Buccini - Analista Contábil

"O episodio que marcou o inicio do amor pelos livros e histórias foi quando vi, na ocasião de seu lançamento no cinema, ao filme "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel". Fiquei tão fascinado pela história e a construção daquele mundo que juntei todas as minhas economias e dividi o valor do livro com minha irmã. Desde então meu fascínio pela literatura tem crescido à medido que leio mais livros e mergulho cada vez mais nos mundos fantásticos. Fiz até um blog onde troco experiências com outros leitores sobre as minhas obras preferidas e as adaptações para o cinema."

Rosane - Revisora de textos e artesã/autora de livros

"Normalmente somos despertados pela leitura por professores de língua materna e literatura. No meu caso, meu encantamento pelos livros se acentuou especialmente por causa de um professor de química. Eu estava cursando o 1º ano do ensino médio. Ele me emprestou um livro chamado “Por quem os sinos dobram” do Ernest Hemingway.
Um namoradinho, que tive na adolescência, também me emprestou um livro que me marcou muito: “Os miseráveis”, de Victor Hugo.
Um amigo meu, quando eu fiz 15 anos, me deu um livro que mexeu profundamente comigo “Carta ao meu pai” de Frank Kafka.
Mas a experiência mais fascinante que tive se deu quando eu cursava a faculdade de Letras. Ao ler o conto “A Cartomante”, de machado de Assis, tive uma forte taquicardia. Depois disso, nunca mais larguei os livros dele."


Regilane - Pedagoga

"Em se tratando de leitura e em especial de livros de literatura, na escola em que estudei o ensino fundamental, localizada no interior (na roça) a biblioteca era precária, com poucos livros, grande parte velhos e rasgados e não havia incentivo por parte dos professores em relação a leitura. Raríssimas vezes visitei a biblioteca quando cursei o fundamental, até por que ela geralmente estava fechada ou servia para alguma turma estudar. Acredito que naquela época, nos anos 90 os professores não tinham formação relacionada a mediação de leitura ou contação de história, algo do tipo. Não me lembro de nenhum professor lendo um livro de literatura.
Quando ingressei no ensino médio no ano 2000, numa escola na cidade, lembro da professora de língua portuguesa que solicitava algumas leituras de escritores clássicos como Machado de Assis, José de Alencar, Manoel Bandeira, Guimarães Rosa e outros, sempre para fazer alguma atividade avaliativa. Reconheço que até então não tinha nenhum gosto pela leitura de livros de literatura, pois remetia sempre a avaliação. Posteriormente, no cursinho tive uma professora de literatura que trabalhava de forma dinâmica, incentivando o gosto pela leitura e ajudando nos a interpretar as obras literárias que possivelmente seriam cobradas no vestibular. Comecei a gostar um pouquinho de literatura.
Já os meus pais não incentivavam a leitura de obras literárias pelo fato de não terem tido acesso a ela, conheciam pouco, porém minha mãe sempre incentivava a leitura de qualquer tipo, o que eu tivesse acesso na época (jornais velhos, dicionário, livros didáticos, revistas e outros)."

Cecília - Revisora de textos

"Livro – “Descanse em paz, meu amor” – Esse foi o primeiro livro que me marcou. Não me lembro em que série a professora passou, mas foi lido para a escola, no Ensino Fundamental II. Lembro-me que me marcou porque era uma história de amor e suspense entre jovens. Era uma história interessante. Mas o livro que me despertou totalmente para o universo da literatura e das várias existências foi “Um sopro de vida - Pulsações”, de Clarice Lispector. Engraçado que tive que ler por causa do vestibular seriado da Unimontes, a princípio era uma obrigação. Todavia, a partir dele eu quis ler todos os outros da autora e tudo o que tinha a ver com ela e sua história. Então, eu cheguei no Hermann Hesse, na Nélida Piñon, na Virgínia Woolf... Foi decisivo inclusive para que eu escolhesse fazer Letras."




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