terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pluft, o fantasminha


1955 - Rio de Janeiro
Teatro Tablado








2013 - Belo Horizonte


link: http://caradearte.blogspot.com.br/2011/05/o-que-conta-pela-pluft-o-fantasminha-de.html


Maria Clara Machado: escritora e dramaturga

Nascida em Belo Horizonte, em 1921, Maria Clara mudou-se para o Rio de Janeiro aos quatro anos. No ano de 1951, ela fundou uma das maiores escolas de teatro do Brasil, o Tablado. Considerada a maior autora de teatro infantil do país, Maria Clara Machado escreveu quase 30 peças infantis, livros para crianças e 3 peças para adultos.

Algumas peças infantis:
  • 1953- O Boi e o Burro No Caminho de Belém 
  • 1954- O Rapto das Cebolinhas 
  • 1955- Pluft, o fantasminha 
  • 1958- A Bruxinha Que Era Boa 
  • 1960- O Cavalinho Azul 
  • 1961- Maroquinhas Fru-Fru 
  • 1963- A Menina e o Vento 
  • 1965- A Volta do Camaleão Alface
  • 1967- O Diamante do Grão-Mogol 
  • 1968- Maria Minhoca 
  • 1969- Camaleão na Lua 
  • 1971- Tribobó City 
  • 1976- Camaleão e as Batatas Mágicas 
  • 1979- Quem Matou o Leão? 
  • 1984- O Dragão Verde 
  • 1985- Aprendiz de Feiticeiro 
  • 1992- Passo a Passo no Paço 
  • 1994- A Coruja Sofia 
  • 1994- Tudo Por um Fio.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O teatro infantil contemporâneo: Esperando Gordô

      
Fonte: http://esperandogordo.blogspot.com.br


      A peça infantil Esperando Gordô (2009), da Cia. Lona de Retalhos (São Paulo), é uma adaptação de Esperando Godot, do dramaturgo irlandês Samuel Beckett é um espetáculo ousado para as crianças. Na peça original dois vagabundos esperam a chegada de Godot, que nunca chega; em Gordô, duas palhaças tomam o lugar dos vagabundos e aguardam a chegada do visitante que também não chega. 

         O fato é que as crianças às vezes perdem a paciência durante a encenação, a ponto de uma delas já terem abandonado a platéia para ir atrás de Gordô durante o espetáculo. Uma das atrizes contou que um menino, após ter procurado em vão o personagem Gordô, disse a elas que não perdessem as esperanças e voltassem no dia seguinte, pois ele iria aparecer.
        
           A lição estética de Esperando Gordô exige a PACIÊNCIA de seus expectadores e leitores.


                                                                                              


Para saber mais sobre o trabalho da Cia. Lona de Retalhos, acesse:         http://esperandogordo.blogspot.com.br/      
 http://cialonaderetalhos.com/

domingo, 19 de outubro de 2014

Os saltimbancos e o teatro infantil


Lançado no ano de 1977, o disco infantil “Os saltimbancos” foi um projeto composto por importantes figuras da música popular brasileira. Entre outros nomes, destacamos as figuras de Chico Buarque, Nara Leão, Vinicius de Moraes e Miúcha como os grandes envolvidos nesse projeto. A inspiração desse disco aparece como uma adaptação da obra literária “Os músicos de Bremen”, criada pelos lendários irmãos Jacob e Wilhelm Grimm.

Essa obra trata da união de um grupo de animais contra a exploração realizada por seus patrões. Ao longo das canções vemos que cada um dos animais canta as suas angústias e decidem se reunir para que tivessem a oportunidade de mudar o rumo de suas vidas. Os protagonistas envolvidos são um burro, um cachorro, uma galinha e uma gata. Cada um reclama da exploração que sofria e contam com suas diferenças para se tornarem livres.

De modo geral, essa obra tem uma elaboração interessante e explora de modo muito eficiente no uso de elementos lúdicos. As crianças apreendem a história com grande facilidade e podem aprender sobre valores muito importantes. Questões como união, solidariedade, justiça e diversidade são alguns dos conceitos que a narrativa dos saltimbancos consegue transmitir aos que tem a oportunidade de apreciá-la. Contudo, não podemos entender que “Os saltimbancos” seja uma simples obra pensada para crianças.

A história desses animais tem uma relação muito importante com o contexto histórico vivido no Brasil daquela época. Ao falar sobre união, exploração e justiça, os animais que figuram essa fábula davam voz a uma série de questões políticas que marcavam o regime militar brasileiro. Não tendo liberdade para abertamente se opor ao governo da época, era comum que os artistas utilizassem de elementos e recursos estéticos que de forma indireta expressassem as suas opiniões.

Percebemos que “Os Saltimbancos” é um rico documento histórico capaz de marcar adultos e crianças. Para o universo infantil, percebemos a construção de uma ferramenta didática capaz de introduzir a reflexão de valores muito interessantes para a formação dos pequenos. Aos adultos, uma obra que hoje atesta a falta de liberdade artística que impunha desafios e estratégias para se falar o que se pensava naquela época. Assim, temos um rico universo de questões educacionais e históricas a serem notadas por meio desse memorável disco.






Saltimbancos Parte 1:


Saltimbancos Parte 2: 


Saltimbancos Parte 3:


  

 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Giramundo – o teatro de bonecos



O Grupo


       O Giramundo é um grupo de teatro de bonecos, criado em 1971, em Belo Horizonte, pelos artistas plásticos Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Madu. A estrutura institucional do Giramundo é composta pelo Museu, Teatro, Escola, Estúdio de Animação e Produtos, o que o define, mais como um centro de pesquisa e referência do que uma organização teatral convencional. 
      O grupo se notabilizou pela permanente postura de pesquisa, pela criatividade e apuro técnico de suas montagens e pela constante relação com a cultura brasileira, contribuindo para a formação de centenas de profissionais e grupos e para o avanço de pesquisas na área do teatro de bonecos. 
    Em sua trajetória, o Giramundo sofreu influência das Artes Plásticas e, mais recentemente, da metodologia de projeto do Design. Seu planejamento estratégico prevê a produção para cinema, tv e internet, o desenvolvimento de um teatro digital que misture técnicas tradicionais e novas tecnologias, e o intercâmbio com o vídeo, animação e dança na criação de sua linguagem teatral.

Algumas definições de Giramundo

1. O Giramundo é um grupo de teatro de bonecos, cujo centro de identidade repousa sobre a atividade de construção de montagens teatrais. Mas seu centro de gravidade vem se deslocando para a investigação do movimento em suas múltiplas formas, utilizando-se de vários meios, dentre os quais, o boneco, o vídeo, a animação, especialmente na interface entre teatro, dança, cinema, música, robótica e escultura cinética.

2. O Giramundo é um grupo composto de muitas partes compostas na estrutura museu-teatro-escola-animação-produtos que o distingue, mais como centro de referência do que como grupo de teatro convencional. Esta característica multi e inter disciplinar de funcionamento corresponde a forma orgânica atual do Giramundo.

3. O Giramundo é, ao mesmo tempo, um grupo tradicional e inovador, pois conserva suas origens e história sem perder o ímpeto criativo e experimentador. Esta tensão entre tradição e atualidade, entre passado e presente é um dos mais importantes impulsos motores do Giramundo.

4. O Giramundo é um grupo artístico animado por forças diversas. A influência das Artes Plásticas e a filosofia e metodologia do Design contribuíram decisivamente para a criação de um “teatro plástico”, onde os elementos cênicos são criados à partir de princípios do desenho, escultura, pintura, mas também de processos e condições da indústria.






A peça “O APRENDIZ NATURAL” 

A peça “O Aprendiz Natural" é uma adaptação do texto de Ulisses Tavares e Valéria Tavares, da Coleção Mini teatro Ecológico do grupo. O Giramundo é um dos poucos grupos brasileiros dedicados exclusivamente ao Teatro de bonecos e que possui dentre outros focos, uma linha de trabalho relacionado à Educação Ambiental. O Mini teatro Ecológico é uma coleção de espetáculos de teatro de bonecos, vídeos e livros sobre o mundo natural, que apresenta em seu roteiro adaptado a história de uma menina, Ana, que vai dar um passeio na floresta e descobre que o “Homem-Mau” está destruindo tudo. Com ajuda dos seus amigos residentes da floresta, Ana tenta resolver toda a situação e pensa em como dar uma lição no destruidor. 




Fonte: http://www.giramundo.org/grupo/

Data: 16/10/2014


Giramundo em atividades escolares

       A bióloga e professora Pollyanna Carvalho, aluna do Programa de Mestrado Profissional da Universidade Federal de Minas Gerais (PROMESTRE), fez uma adaptação do espetáculo "O Aprendiz Natural" do Giramundo, transformando o teatro de bonecos em teatro de fantoches. Este trabalho teve como objetivo utilizar o teatro de fantoches como instrumento de Educação Ambiental para conscientizar as crianças sobre a importância da preservação ambiental. Segundo a professora, o teatro de fantoches pode ser um recurso didático para chamar a atenção das crianças sobre diversos assuntos. É uma metodologia lúdica que envolve toda a magia do teatro e a capacidade que as crianças apresentam de personificar os personagens, aproximando do universo infantil a cena apresentada.



 Construção do Espetáculo de Fantoches 

         A construção do espetáculo foi baseada em atividades lúdicas e contou com a 
participação da platéia que, expondo suas opiniões durante as apresentações, 
contribuiu com a definição da trama. Desta forma, o espetáculo foi desenvolvido pensando na proposta do Teatro do Oprimido de Augusto Boal.  




 A construção do palco 

      Para a construção do palco, foram utilizadas 286 caixas de leite.  As caixas foram empilhadas, coladas uma na outra com cola quente e a parte da frente do palco pintada com tinta para artesanato de cor preta. O cenário, anexado no próprio palco, foi todo feito com retalhos de papéis que restaram de atividades das oficinas (jogos e dinâmicas) de Educação Ambiental.






O Espetáculo adaptado




      Este vídeo foi feito por alunos do Centro Universitário Metodista Izabela Hendriz, onde a professora apresentou a peça numa palestra sobre Teatro na Educação Infantil.

 Acesse o trabalho completo em: