O
Grupo
O Giramundo é um grupo de
teatro de bonecos, criado em 1971, em Belo Horizonte, pelos artistas plásticos
Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Madu. A estrutura institucional do
Giramundo é composta pelo Museu, Teatro, Escola, Estúdio de Animação e
Produtos, o que o define, mais como um centro de pesquisa e referência do que
uma organização teatral convencional.
O grupo se notabilizou pela permanente
postura de pesquisa, pela criatividade e apuro técnico de suas montagens e pela
constante relação com a cultura brasileira, contribuindo para a formação de
centenas de profissionais e grupos e para o avanço de pesquisas na área do
teatro de bonecos.
Em sua trajetória, o Giramundo sofreu influência das Artes
Plásticas e, mais recentemente, da metodologia de projeto do Design. Seu
planejamento estratégico prevê a produção para cinema, tv e internet, o
desenvolvimento de um teatro digital que misture técnicas tradicionais e novas
tecnologias, e o intercâmbio com o vídeo, animação e dança na criação de sua
linguagem teatral.
Algumas definições de Giramundo
1. O Giramundo é um grupo de
teatro de bonecos, cujo centro de identidade repousa sobre a atividade de
construção de montagens teatrais. Mas seu centro de gravidade vem se deslocando
para a investigação do movimento em suas múltiplas formas, utilizando-se de
vários meios, dentre os quais, o boneco, o vídeo, a animação, especialmente na
interface entre teatro, dança, cinema, música, robótica e escultura cinética.
2. O Giramundo é um grupo
composto de muitas partes compostas na estrutura
museu-teatro-escola-animação-produtos que o distingue, mais como centro de
referência do que como grupo de teatro convencional. Esta característica multi
e inter disciplinar de funcionamento corresponde a forma orgânica atual do
Giramundo.
3. O Giramundo é, ao mesmo
tempo, um grupo tradicional e inovador, pois conserva suas origens e história
sem perder o ímpeto criativo e experimentador. Esta tensão entre tradição e
atualidade, entre passado e presente é um dos mais importantes impulsos motores
do Giramundo.
4. O Giramundo é um grupo
artístico animado por forças diversas. A influência das Artes Plásticas e a
filosofia e metodologia do Design contribuíram decisivamente para a criação de
um “teatro plástico”, onde os elementos cênicos são criados à partir de
princípios do desenho, escultura, pintura, mas também de processos e condições
da indústria.
A peça “O APRENDIZ NATURAL”
A peça “O Aprendiz Natural" é uma adaptação do texto de Ulisses Tavares e Valéria Tavares, da Coleção Mini teatro Ecológico do grupo. O Giramundo é um dos poucos grupos brasileiros dedicados exclusivamente ao Teatro de bonecos e que possui dentre outros focos, uma linha de trabalho relacionado à Educação Ambiental. O Mini teatro Ecológico é uma coleção de espetáculos de teatro de bonecos, vídeos e livros sobre o mundo natural, que apresenta em seu roteiro adaptado a história de uma menina, Ana, que vai dar um passeio na floresta e descobre que o “Homem-Mau” está destruindo tudo. Com ajuda dos seus amigos residentes da floresta, Ana tenta resolver toda a situação e pensa em como dar uma lição no destruidor.
Fonte: http://www.giramundo.org/grupo/
Data: 16/10/2014
Giramundo em atividades escolares
A bióloga e professora Pollyanna Carvalho, aluna do Programa de Mestrado Profissional da Universidade Federal de Minas Gerais (PROMESTRE), fez uma adaptação do espetáculo "O Aprendiz Natural" do Giramundo, transformando o teatro de bonecos em teatro de fantoches. Este trabalho teve como objetivo utilizar o teatro de fantoches como instrumento de Educação Ambiental para conscientizar as crianças sobre a importância da preservação ambiental. Segundo a professora, o teatro de fantoches pode ser um recurso didático para chamar a atenção das crianças sobre diversos assuntos. É uma metodologia lúdica que envolve toda a magia do teatro e a capacidade que as crianças apresentam de personificar os personagens, aproximando do universo infantil a cena apresentada.
Construção do Espetáculo de Fantoches
A construção do espetáculo foi baseada em atividades lúdicas e contou com a
participação da platéia que, expondo suas opiniões durante as apresentações,
contribuiu com a definição da trama. Desta forma, o espetáculo foi desenvolvido pensando na proposta do Teatro do Oprimido de Augusto Boal.
A construção do palco
Para a construção do palco, foram utilizadas 286 caixas de leite. As caixas foram empilhadas, coladas uma na outra com cola quente e a parte da frente do palco pintada com tinta para artesanato de cor preta. O cenário, anexado no próprio palco, foi todo feito com retalhos de papéis que restaram de atividades das oficinas (jogos e dinâmicas) de Educação Ambiental.
O Espetáculo adaptado
Este vídeo foi feito por alunos do Centro Universitário Metodista Izabela Hendriz, onde a professora apresentou a peça numa palestra sobre Teatro na Educação Infantil.
Acesse o trabalho completo em: