Belo Horizonte realizou a segunda Virada Cultural nos dias 30 e 31 de agosto, das 19h do sábado às 19h de domingo. Foram mais de 460 atividades distribuídas em 9 palcos e 53 espaços culturais que compõem o circuito, abrangendo diversas manifestações artísticas como música, teatro, cinema, dança, literatura, artes plásticas, circo e intervenções urbanas. Mais de 90% da grade de programação é composta por artistas locais, fato que reforça a vocação criativa da cidade. Promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura (FMC), em correalização com a Associação de Amigos do Museu Histórico Abílio Barreto (AAMHAB), a Virada Cultural fomentou a diversidade e a democratização ao acesso a bens culturais.
Para fazer um diálogo do livro Imaginação e Criação na Infância - Lev Vigotski com eventos culturais realizados em grandes centros urbanos, participamos de algumas atividades da Virada Cultural de Belo Horizonte, para refletir sobre a relação infância e manifestações culturais. Era notável a presença de crianças nos vários espaços que compunham a Virada Cultural. A criança imersa em sua própria experiência estética, em sua experiência infantil.
Para Vigotski (2014) a atividade criativa é a realização humana, geradora do novo, quer se trate dos reflexos de algum objeto do mundo exterior ou de determinadas elaborações do cérebro e do sentir, que vivem e se manifestam apenas no próprio ser humano. A imaginação, fundamento da atividade criativa, revela-se, de modo claro, em todos os aspectos da vida cultural. Ela é a abertura à criação artística, científica e técnica. A cultura, a técnica e a ciência são, nesse sentido, produtos da imaginação e da criatividade: "toda descoberta grande ou pequena antes de se concretizar e de se consolidar esteve unida na imaginação como uma estrutura mental mediante novas combinações ou correlações".
Virada Cultural - 2014
Parque Municipal Américo Renné Giannetti, Belo Horizonte
Apresentação do Maurício Tizumba com Tambor Mineiro e Bloco Saúde.